Procrastinação na TI e a Lei de Parkinson

A Lei de Parkinson nos mostra que o tempo disponível para concluir uma tarefa pode influenciar diretamente a eficiência e a produtividade, especialmente devido à procrastinação. Na gestão de projetos de TI, compreender e combater essa tendência é essencial para garantir o sucesso. Implementar prazos mais curtos e realistas, dividir tarefas em blocos menores, priorizar e planejar adequadamente, além de adotar metodologias ágeis, são estratégias eficazes para minimizar os efeitos da procrastinação e da Lei de Parkinson.

“O trabalho se expande de modo a preencher o tempo disponível para sua conclusão“, Parkinson, 1955

A Lei de Parkinson, formulada pelo historiador britânico Cyril Northcote Parkinson em 1955. De certo modo ele diz que se você tem 10 dias para entregar um projeto, então entregará em 10 dias. Mas se for 20, então entregará em 20! Já notou que a maior parte das vezes você entrega no final do prazo? Bom, o artigo Procrastinação na TI e a Lei de Parkinson mergulha nessa questão.

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História da Lei de Parkinson

A Lei de Parkinson foi originalmente apresentada em um artigo publicado na revista The Economist em 1955. Parkinson notava que a burocracia britânica crescia independentemente do volume de trabalho a ser executado. Então, ele definiu que, quando se estabelece um prazo para uma tarefa, a percepção de urgência afeta a velocidade com que essa tarefa é executada. Em essência, quanto mais tempo se tem para concluir uma tarefa, mais tempo será gasto, mesmo que não seja necessário.

E por que agimos assim?

A tendência de expandir o trabalho para preencher o tempo disponível está ligada a diversos fatores psicológicos e sociais. A procrastinação é um fator comum: quando os prazos são longos, as pessoas tendem a adiar o início do trabalho até que a pressão do prazo ou de lideranças às motive. Além disso, o perfeccionismo também desempenha um papel significativo: quanto mais tempo se tem, mais se gasta deixando do jeito ideal e não necessariamente do jeito demandado.

E ainda mais, a falta de urgência afeta a produtividade. Sem uma pressão imediata, o desejo de concluir uma tarefa diminui, resultando em menor eficiência. A pressão social também contribui: A percepção de que trabalhar longas horas é um sinal de dedicação pode levar as pessoas a preencherem o tempo com tarefas de baixa prioridade, apenas para demonstrar empenho, mesmo que isso não aumenta a produtividade real.

Como combater?

Para evitar ou mitigar os efeitos da Lei de Parkinson, algumas estratégias são implementadas. Estabelecer prazos mais curtos e realistas pode criar uma sensação de urgência e foco, ajudando a evitar a procrastinação. Além disso, dividir grandes tarefas em partes menores e gerenciáveis mantém o progresso constante, facilitando a gestão e conclusão das atividades.

Ter boa estratégia, priorizar e planejar adequadamente também são essenciais. Utilizar técnicas como a matriz de Eisenhower, matriz GUT, permite focar nas tarefas mais importantes e urgentes. Implementar metodologias ágeis, como Scrum e Kanban, ajuda a lidar rapidamente e manter a equipe focada, sempre com prazos em mente. Além disso, realizar revisões frequentes e obter feedback contínuo auxiliam na responsabilidade pelo resultado e, logo, pelo compromisso de entregar rapidamente as atividades.

Conclusão de Procrastinação na TI e a Lei de Parkinson

A Lei de Parkinson nos mostra que o tempo disponível para concluir uma tarefa pode influenciar diretamente a eficiência e a produtividade, especialmente devido à procrastinação. Na gestão de projetos de TI, compreender e combater essa tendência é essencial para garantir o sucesso. Implementar prazos mais curtos e realistas, dividir tarefas em blocos menores, priorizar e planejar adequadamente, além de adotar metodologias ágeis, são estratégias eficazes para minimizar os efeitos da procrastinação e da Lei de Parkinson.


Thiago Anselme
Thiago Anselme - Gerente de TI - Arquiteto de Soluções

Ele atua/atuou como Dev Full Stack C# .NET / Angular / Kubernetes e afins. Ele possui certificações Microsoft MCTS (6x), MCPD em Web, ITIL v3 e CKAD (Kubernetes) . Thiago é apaixonado por tecnologia, entusiasta de TI desde a infância bem como amante de aprendizado contínuo.